segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

E no fundo de tudo a vida. Implacável que só ela... Misteriosa! Eu fugia, corria pros cantos e queria brincar de boenca. Construir minha casa, escolher meu marido, decidir meu futuro! Mas, havia um sopro, uma lágrima, uma música, uma palavra.. e já não era castelo, era trailler.. e já não era trailler era casa de campo! Era você, era eu, eramos eles. Haviam tantos culpados - culpados pela perfeição da vida, pelo dstino já previsto - por quem? - Muitas vezes me pegava sonhodora deslumbrada em como as coisas coisas fogima do meu controle, o rio corria, a água passava, os peixes nadavam - e ,eu não tinha coragem de mergulhar. Quero mergulhar! Quero mergulhar... quero me afogar nisso, nisso que é tudo que não conheço.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

- Vo-você sabe... hum... eu gosto muito de você.
A frase veio com um tintilar nos seus ouvidos, a água da piscina congelou paralizando suas pernas, o senho se franziu, a boca se calou. Ouviu um eco dentro de si repetindo a frase interminavelmente, e, de nervoso sorriu. Sorriu, sorriu despreocupadamente, pois não conseguia mais nada fazer. Queria dizer gosta como de mim? Queria saber se podiam ser amigos, irmãos, amantes, namorados, esposa e marido, passado, presente ou futuro... Mas sorria, e, do sorriso fez um abraço que se calou num beijo. Beijo bom que em muitos outros contos de fada seriam o símbolo do final feliz, mas, que naquela história apenas coroava o final de mais um capítulo, ainda muito longe do viveram felizes para sempre.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Final Feliz


Esperou o telefone tocar, esperou ouvir sua voz, esperou uma serenata, a porta sendo esmurrada, sua voz gritando seu nome... esperou tanto e por tantas coisas que acabou caindo no perigoso mundo dos sonhos. Teve um sonho bom, mas era pesadelo. Era ele ali, mais real do que nunca, era tudo o que ela queria. Porém, era tão idealizado que o sonho se corrompia, virava lágrima cor fúcsia caindo do olho. Era irreal, irreal. E, então acordou com uma gota caindo olho, transparente que só, verdadeira. E, não foi só a lágrima que nasceu do sonho-pesadelo. Sua mente formara uma certeza! Levantou-se da cama, arrumou-se para a guerra... Era a batalha do amor.

Ele não a esperava, muito menos assim tão pura, crua e tranqüila. Seu cabelo loiro irradiava algo novo que não conseguia decifrar, e, sua face trazia também o mistério. Era impossível não querê-la. Contudo, ele estava sendo forte. Ambos haviam concordado em esperar o tempo certo, e sabiam que este ainda não havia chegado. Seu coração palpitou feliz com a sua presença ali - era bem verdade que ele não aguentava mais toda a angústia da espera, o tic e tac do relógio que nada fazia a não ser regredir as horas - mas, sua mente se fechou em temporal. Não podiam corromper seus destinos, não podiam precipitar a vida, ainda não estavam preparados.

- Joana, volte para casa por favor. Disse Rudah educadamente, mas tentando não refletir os desejos que se intensificavam pouco a pouco em seu corpo.
- Não vou voltar. Eu não quero que isso vire um sonho.
- Nós somos um sonho - disse o homem um pouco confuso - ,quanta gente quer ser sonho como nós... Fomos feitos para ser e um dia seremos... você sabe que esta não é a hora... Não vamos estragar nosso destino com...
- Nosso destino? A culpa é do Destino? - Retrucou Joana com sede de Vitória deixando mudo não só o Ruda, mas todo o bairro do Jardim Botânico, quissá todo o Rio de Janeiro - Você não acha que deveríamos agradecer a ele por termos nos conhecido? Uma borboleta poderia ter cruzado o meu caminho, e, eu nunca teria visto sua face. Você poderia ter torcido o pé ou ter tido uma maldita amidalite naquela semana... mas, não. O Destino foi generoso conosco. Nos conhecemos, tivemos tantas chances, aproveitamos a quase todas. E, ainda naquele tempo quando éramos pequenos embriões de nós mesmos, o Destino na sua sagacidade soube nos separar e nos reaproximar das maneiras mais inusitadas possíveis. Esse destino que você diz que devemos preservar eu desconheço, pouco sei de amanhã. E, não vou mais esperar que isso vire um conto de fadas. Contos de fadas não são reais, são histórias que contamos para os nosso filhos. Eu não quero ter de contar sobre você para os meus filhos com o coração apertado e um sorriso hipócrita no rosto... Eu não quero filhos meus, que não sejam nossos.

Ouve uma pausa nas falas, no olhares, na respiração... Nem o coração ousou bater. O silêncio foi tão profundo que a vida se perdeu, e então como em contradição, fez sentido e explodiu em rios de pensamentos. As cabeças de ambos borbulhavam, as bocas ameaçavam longos discursos empolgados que justificassem seus pontos de vista nada importantes naquele minuto, as mãos simulavam o toque e logo se recolhiam, os olhos buscavam o outro, mas se escondiam se desencontrando numa dança do desacaso. Joana, não havia percebido, mas ela acabara de ser a borboleta batendo as asas e mudando o rumo das coisas. Ruda não teve a mesma coragem e gagejou inseguro:
- Se ficarmos juntos agora, vamos acabar com isto. Nunca seremos o casal que podemos ser.
- Se hoje não for nosso dia, minha imaginação corromperá cada pensamento meu que envolva você. E, eu farei tantos planos, que a realidade nunca será o suficiente para que sejamos felizes. Sei que corremos o risco. Mas, temos de corrê-lo, ou poderá ser tarde demais e vamos viver, preparados, uma vida inteira juntos alimentados pelo que poderíamos ter sido e não fomos. Esta na hora de deixar o Destino conduzir isso de verdade, e isso implica em grande riscos. Vamos pular, tem uma coisa que me faz ter certeza de que este é o momento... Eu te amo.

domingo, 14 de novembro de 2010

Encontrou-se em uma encruzilhada bem estranha, esquisita. Estava frente a frente com seu destino e tinha de decidir agora qual seria o caminho certo a seguir. Tantas vezes teve de tomar decisões, tantas vezes quis trocar as palavras ditas, as músicas ouvidas, os lugares visitados. Era uma benção poder viver o que ela havia vivido, ela sabia. Poucas pessoas realmente conhecem o amor. Mas, - agora um relâmpago forte iluminou sua mente - ia seguir um caminho diferente, era tempo de ser regida por algo mais. O amor era mais que suficiente, mas ela era insaciável... ela precisava seguir por uma estrada nova, ela precisava conhecer TODOS os seus limites.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

É real.


‎"... Que em dez anos mais, tu e eu... Estaremos bem juntinhos...E nos cantos escuros do céu falaremos de amor..."

quarta-feira, 27 de outubro de 2010


Quero dar ao César o que é do César. Eu sou sua, meu bem. Vem que nosso tempo é finito, e, bem curto por sinal. Vem que eu já lembrei teu nome, tua face, tua boca. Vem que eu estou pronta e não quero mais desencontros. Vem que eu já desenhei nosso futuro de mistérios e segredos desvendados, de roupas no chão e cabeça no ar. Vem que esse delírio é real e tenho medo de dormir.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aos poucos


Você sabia que meu olho é mar fundo e que a correnteza logo leva. Minha maré não é calma. Nem em seus braços a água baixava, era sempre esse tremular, tremular... tremular que do nada se revolvia. Você já sabia que dentro de mim era fácil de se perder, de se afogar. Mas, não me escondas – tu nunca me escondeste – querias justamente isso. Tão centrado, tão sério, tão sóbrio. Era preciso de um pouco de cor, um pouco de luz, e o amor – com toda sua perdição – é o único sentimento capaz de salvar uma alma do céu precoce.