quarta-feira, 27 de outubro de 2010


Quero dar ao César o que é do César. Eu sou sua, meu bem. Vem que nosso tempo é finito, e, bem curto por sinal. Vem que eu já lembrei teu nome, tua face, tua boca. Vem que eu estou pronta e não quero mais desencontros. Vem que eu já desenhei nosso futuro de mistérios e segredos desvendados, de roupas no chão e cabeça no ar. Vem que esse delírio é real e tenho medo de dormir.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aos poucos


Você sabia que meu olho é mar fundo e que a correnteza logo leva. Minha maré não é calma. Nem em seus braços a água baixava, era sempre esse tremular, tremular... tremular que do nada se revolvia. Você já sabia que dentro de mim era fácil de se perder, de se afogar. Mas, não me escondas – tu nunca me escondeste – querias justamente isso. Tão centrado, tão sério, tão sóbrio. Era preciso de um pouco de cor, um pouco de luz, e o amor – com toda sua perdição – é o único sentimento capaz de salvar uma alma do céu precoce.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

1538


Então eu vi teus olhos. Foi a primeira vez que te reconheci, um homem que mudaria tudo, um homem que mudaria o mundo, o meu pelo menos. ‘César’ - você disse. César é teu nome, acabo de me lembrar e é como um êxtase. É real, é real. Corre para ouvir, liga a TV e assiste, vai à banca e lê na revista: é real. Tu te chamas César e impera a minha vida. Quando disseste teu nome, não foi preciso explicação, quantas vidas passamos ensaiando aquele momento? ‘Amor eu sou Cleópatra e também tenho os meus mistérios.'

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Você

Bebo mais um gole para acalmar os pensamentos. E, eles se rebelam, não gostam de ser apaziguados, e, como em um ataque kamikaze explodem um a um irradiando questionamentos do mundo. E, o mundo ouve a minha pergunta? Deus ouve a minha súplica? Pai, estou cansada, quero um pouco de paz, me mostra o caminho. Esse livro era pra ser um romance, então, por que eu choro enquanto escrevo?