sábado, 17 de julho de 2010

Depois do horizonte...


Naquele dia o ar estava denso, difícil de ser consumido, pesado ao entrar nos pulmões. Era tão simples respirar, era tão simples viver... não hoje! Acreditava em destino, missões, caráter... acreditava em tantas coisas perdidas que se sentia sozinha. E, não queria mudar. Não queria se mudar. Então surgia uma idéia quase genuína, surgia uma inspiração: "vou mudar o mundo, vou viciar todos em amor". E, esse era seu objetivo na vida. Dar amor, distribuir. E, como era difícil. Muitos tinham medo, não tinham interesse, muitos nem sabiam do que se trata. Amor é palavra escondida, pouco explorada. Amor é depois do horizonte. Muitos preferem ficar na praia. Tendo o seguro, o confortável. O amor é perigoso é preciso que se enfrete o mar, é preciso que venham as tempestades e também as calmarias. É preciso que se entedam as cores, a temperatura e a quantidade de espuma. Há intensidade, felicidade, e, isso fere. Mas, ela não receava, estava entregue.E, a lição mais difícil ainda não havia sido dada: como uma devastadora ela adentraria corações que teriam caminhos abertos pelas suas mãos, mas não cabia a ela fincar acampamento nestes. Ela prepararia o solo, germinaria a semente e partiria. Deixando em cada fruto, em cada grão, seu toque, sua face, seu sorriso.

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